terça-feira, 16 de junho de 2015

Diário de um Strateiro: Alexandre Guilherme "Playmofamily"



Olá amigos, tive a ideia de criar um espaço para que os colecionadores se manifestassem e pudessem compartilhar com a gente um pouco de como começaram nesse hobbie do colecionismo, entre outras histórias. Para iniciar o primeiro testemunho na coluna "Diário de um Strateiro", aqui vai um pouco da história do colecionador Alexandre, mais popularmente conhecido pelos amigos como "Playmofamily".






A paixão por música vem desde a mais tenra idade, onde ouvia de Roberto Carlos, Elvis Presley, Julio Iglesias a músicas clássicas. Mas foi no final da década de 80 que, ao passar na Rua Voluntários da Pátria, no bairro de Santana, em São Paulo, avistei uma loja de instrumentos musicais. Essa loja ficava a um quarteirão de casa.

Tinha uma novela na época cuja música de abertura era do Ultrage a Rigor (Nu com a mão no bolso) e que alavancou minha vontade de ter uma guitarra.
Sempre haviam pessoas experimentando os instrumentos. O som me chamava a atenção, mas não tanto quanto a reluzente e moderna (para a época) Giannini Shark que ficava exposta em um cavalete na porta da loja.



Alexandre tentando plugar sua strato no compressor! kkkk O cara adora uma comédia!


Para mim, era um sonho inatingível. Mas sempre passava na porta da loja e ficava contemplando aquele belíssimo exemplar. Manifestei para meus pais a vontade de ter uma guitarra.

Meu pai foi comigo em uma minúscula casa de discos, onde tinha pendurada na viga que sustentava a lage, uma reluzente Tonante vermelha. O preço era bem razoável se comparado ao sonho da Giannini. Então, além da Tonante, meu pai comprou um amplificador da marca Moolize WA600 (o qual tenho até hoje).

O problema era: Eu não sabia tocar (não que nos dias de hoje eu saiba) e, muito menos, afinar a guitarra.

Quando pluguei ela em casa no amplificador, a primeira coisa que eu quis testar foi a alavanca. Existia um programa na TV Gazeta chamado Realce com a apresentação de Beto Rivera e um boneco chamado Capivara. A temática do programa era rock, hard rock e heavy metal. Eu imaginava que, ao balançar a alavanca da Tonante (balançar - não pressionar), ela emitiria aqueles efeitos incríveis oriundos de amplificadores valvulados dos vídeo clipes do momento. 



Quem conhece sabe! O cara é o rei da zoeira!

Naquele momento, veio a minha primeira decepção. Fui a loja para "reclamar do defeito da guitarra e o vendedor me explicou que eu precisaria de pedais de efeito", etc, etc, etc.


Naquela época, eu trabalhava no setor de papelaria da extinta Lojas Glória. Com o primeiro pagamento, comprei um presente para minha mãe e um pedal de efeitos Vectron vermelho que era distorção. O som melhorou muito!

Participei de uma banda com amigos da escola, tocamos no palco da escola e peguei gosto. Aprendi a afinar, a tocar alguma coisa e, naturalmente, passei a perceber as deficiências (e não eram poucas) da minha fantástica Tonante vermelha.

Sempre fui bom em fazer negócios (ou rolo como é o termo conhecido até hoje) e, em pouco tempo, eu teria trocado a Tonante por uma Giannini Fiber sunburst. Lixei o tampo, tirei toda a tinta e envernizei a madeira natural. Depois disso, não parei mais com as guitarras. Hoje, mais de trinta anos depois, possuo uma modesta coleção onde as estrelas principais são os modelos Strat. 


Tenho uma SG que ganhei de Natal da minha esposa, duas LP's e recentemente adquiri uma Washburn (marca que sempre olhei torto e que me surpreendeu).

Por enquanto é isso!


Playmofamily 


Fotos da coleção (e dos Fuscas, uma outra paixão do Alexandre):














































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