Olá amigos, tive a ideia de criar um espaço para que os colecionadores se manifestassem e pudessem compartilhar com a gente um pouco de como começaram nesse hobbie do colecionismo, entre outras histórias. Para iniciar o primeiro testemunho na coluna "Diário de um Strateiro", aqui vai um pouco da história do colecionador Alexandre, mais popularmente conhecido pelos amigos como "Playmofamily".
A paixão por música vem desde a mais tenra idade, onde ouvia de Roberto Carlos, Elvis Presley, Julio Iglesias a músicas clássicas. Mas foi no final da década de 80 que, ao passar na Rua Voluntários da Pátria, no bairro de Santana, em São Paulo, avistei uma loja de instrumentos musicais. Essa loja ficava a um quarteirão de casa.
Tinha uma novela na época cuja
música de abertura era do Ultrage a Rigor (Nu com a mão no bolso) e que
alavancou minha vontade de ter uma guitarra.
Sempre haviam pessoas experimentando
os instrumentos. O som me chamava a atenção, mas não tanto quanto a reluzente e
moderna (para a época) Giannini Shark que ficava exposta em um cavalete na
porta da loja.
Alexandre tentando plugar sua strato no compressor! kkkk O cara adora uma comédia!
Para mim, era um sonho
inatingível. Mas sempre passava na porta da loja e ficava contemplando aquele
belíssimo exemplar. Manifestei para meus pais a
vontade de ter uma guitarra.
Meu pai foi comigo em uma
minúscula casa de discos, onde tinha pendurada na viga que sustentava a lage,
uma reluzente Tonante vermelha. O preço era bem razoável se comparado ao sonho
da Giannini. Então, além da Tonante, meu pai comprou um amplificador da marca
Moolize WA600 (o qual tenho até hoje).
O problema era: Eu não sabia
tocar (não que nos dias de hoje eu saiba) e, muito menos, afinar a guitarra.
Quando pluguei ela em casa no
amplificador, a primeira coisa que eu quis testar foi a alavanca. Existia um
programa na TV Gazeta chamado Realce com a apresentação de Beto Rivera e um
boneco chamado Capivara. A temática do programa era rock, hard rock e heavy metal.
Eu imaginava que, ao balançar a alavanca da Tonante (balançar - não
pressionar), ela emitiria aqueles efeitos incríveis oriundos de amplificadores
valvulados dos vídeo clipes do momento.
Quem conhece sabe! O cara é o rei da zoeira!
Naquele momento, veio a minha primeira
decepção. Fui a loja para "reclamar do defeito da guitarra e o vendedor me
explicou que eu precisaria de pedais de efeito", etc, etc, etc.
Naquela época, eu trabalhava no
setor de papelaria da extinta Lojas Glória. Com o primeiro pagamento, comprei
um presente para minha mãe e um pedal de efeitos Vectron vermelho que era
distorção. O som melhorou muito!
Participei de uma banda com
amigos da escola, tocamos no palco da escola e peguei gosto. Aprendi a afinar,
a tocar alguma coisa e, naturalmente, passei a perceber as deficiências (e não
eram poucas) da minha fantástica Tonante vermelha.
Sempre fui bom em fazer negócios
(ou rolo como é o termo conhecido até hoje) e, em pouco tempo, eu teria trocado
a Tonante por uma Giannini Fiber sunburst. Lixei o tampo, tirei toda a tinta e
envernizei a madeira natural. Depois disso, não parei mais com as guitarras.
Hoje, mais de trinta anos depois, possuo uma modesta coleção onde as estrelas
principais são os modelos Strat.
Tenho uma SG que ganhei de Natal da minha
esposa, duas LP's e recentemente adquiri uma Washburn (marca que sempre olhei
torto e que me surpreendeu).
Por enquanto é isso!
Playmofamily
Fotos da coleção (e dos Fuscas, uma outra paixão do Alexandre):
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