domingo, 27 de setembro de 2015

Amigo Strateiro: Jennifer Superstrato


Olá amigos, apresento para o mês de Setembro na coluna "amigo strateiro", a primeira publicação do amigo Ruan Macedo a participar e postar sua experiência com essa Jennifer Superstrato, além de ter a oportunidade de mostrar seu instrumento. Vocês poderão questionar pelo fato dela ser Superstrato e não Strato, mas o post vai valer a pena!

Conforme mencionei nas outras vezes, outras pessoas também podem usar esse espaço para compartilhar informações e experiências com seus instrumentos, nada mais legal do que somar vivências. Quer que sua Stratocaster seja postada no blog? Entre em contato conosco. A única regra é: o instrumento precisa "ser strato" e o amigo precisa "ter a strato". 

Dando continuidade nesse espaço, convido para o mês de Outubro o amigo Ruan Macedo, proprietário de uma inacreditável Jennifer Brazuca! (E depois vocês irão entender a razão por ter chamado de inacreditável, no vídeo que Ruan gravou para que pudéssemos conhecer seu trabalho e o incrível timbre da guitarra depois da customização).

Nome: Ruan Macedo
Cidade: São Sebastião do Passe/Bahia
Proprietário: Jennifer Superstrato
Serial Number: --

Especificações do modelo:

Nome: Jennifer

Modelo: Superstrato
Série: ?
Madeira do corpo: Cedro
Madeira do braço: Marfim
Madeira da escala: Marfim
Número de casas: 22 casas 
Configuração dos captadores: 3 humbucker (H-H-H)
Captadores: (Braço) Seymour Duncan Hot rails, (Meio)Sound HB, (Ponte)EMG
Chave seletora: 5 Posição
Controle: 1Vol e 1 push pull e 1 mix
Cores: Preta craquelada 
Ponte: Fixa com sistema synchronizer
Escudo: --
Knobs: 3 knobs inox
Fabricação: Made in Brazil
Ano: 1990 - 199?
Fabricante: Jennifer®
Serial Number: --



Conte um pouco da sua história com o instrumento: onde, como e quando comprou.

Bem galera eu moro na cidade de São Sebastião do passe (BA) e comecei a tocar no ano de 2004 com os meus 14 anos de idade, foi quando ganhei o meu primeiro violão Giannini presente de uma tia, mas o meu sonho era de fato a guitarra.

Três anos depois fiquei sabendo que um amigo estava vendendo uma guitarra Jennifer, então fui até a casa dele para ver o instrumento e mesmo com várias pessoas criticando a marca, quando eu vi não resisti, era amor à primeira vista, tinha que ter aquela craquelada para mim.



Fiz alguns bicos, juntei uma grana e fui comprar o instrumento, para minha tristeza ele já tinha vendido e saí de lá chateado, pois não tinha conseguido o meu sonho, peguei o suado dinheirinho e dei para minha mãe, passaram-se uns dias até que esse mesmo amigo me procurou dizendo que a pessoa que tinha comprado a Jennifer na mão dele tinha desistido da compra, para minha felicidade, então ele deixou a guitarra na minha mão para eu testar. Meu pai vendo que eu estava sem dinheiro comprou ela para minha alegria.
            

Para você, o que representa ter uma Jennifer?

Um sonho, uma realização e satisfação.




Como você definiria o som desse instrumento?

A minha guitarra tem uma sonoridade cristalina aberta bem equilibrada entre os graves, médios e agudos cortantes com ataques de notas definidas com captação nervosa para os drives.  

Qual o principal ponto forte dessa guitarra?

Sonoridade gostosa de ouvir que da vontade de não parar mais de tocar com conforto. Com tudo isso, ainda possui um visual que foi amor à primeira vista. E também uma customização que ficou a minha identidade.     
  
Qual o principal ponto fraco dessa guitarra?

Sinceramente em minha opinião o ponto fraco da Jennifer eram os captadores de fabricação, os quais não medi esforços para trocar.

Pretende fazer algum upgrade ou já fez alguma modificação na guitarra?

Um detalhe: eu nunca levei ela em um Luthier, eu mesmo fiz tudo e a minha guitarra se transformou em uma guitarra icônica. Eu mudei as tarraxas, mudei também a ponte, o nut (pestana) eu coloquei de alumínio para dar um som cristalino. Os captadores eram dois: um single-coil (braço) e um humbucker (ponte), eu troquei os dois e abri um furo no meio da guitarra para instalar outro captador humbucker no meio.




A configuração dos potenciômetros antes era de quatro botões: 1 volume 1 tom para o primeiro captador e 1 volume 1 tom para o segundo captador parecido com o modelo Les Paul, eu mudei a configuração e ficou assim, eu fechei um furo do potenciômetro e no local coloquei uma chave de 5 posições, 1 volume e 1 push pull, esse potenciômetro tem a função de mudar o som do captador do braço, o hot rails tem 1 mix para ligar o captador do braço e da ponte com características  da stratocaster Fender.



Eu fiz uma blindagem para melhorar o aterramento da guitarra e também coloquei um porta paleta na parte superior do corpo próximo ao braço. Eu penso em colocar um botão com led para fazer um efeito killswitch ao estilo Buckethead.


O que você diria para pessoas que não conhecem as guitarras Jennifer ou que sempre duvidaram da qualidade desses instrumentos produzidos em solo brasileiro?

Bem galera, eu sempre vi a minha guitarra como um diamante no interior de uma rocha bruta que só precisava ser lapidada, às vezes só precisa mudar algumas coisinhas no instrumento e terá muito mais da sua personalidade na guitarra como os grandes guitarristas fazem e até as pessoas que te criticaram vão bater palmas para você.




Independente de ser Fender, Gibson, Tagima ou propriamente Jennifer. o importante é você curtir o instrumento e conseguir tirar o melhor de você e da sua guitarra fazendo tudo com amor.

No Brasil existem muitas marcas e Luthier que faz instrumentos de qualidades em solo brasileiro: “e o teu futuro espelha essa grandeza”.


Confira o timbre dessa Jennifer no vídeo a baixo:



        

2 comentários:

  1. Lembrou minha primeira guitarra, que também era uma Jennifer, porém a minha era muito feia perto dessa do post! Gostei da história, a minha eu comprei com muito sacrifício também.

    ResponderExcluir
  2. Juan Carlos de Souza show irmão sucesso tudo de bom vc tem facebook o meu é Ruan Macedo

    ResponderExcluir