Olá amigos, o tutorial a seguir foi feito para dois tipos de pessoas : o primeiro tipo, aquele vendedor que quer aprender a enganar as pessoas e usa esse tipo de persuasão barata, o segundo e mais importante, para informar cada vez mais as pessoas para que não sejam persuadidas ou enganadas por esses tipos que estão cada vez mais aparecendo. Vejo constantemente esses caras tentando vender seus instrumentos de uma forma mascarada.. é o famoso "gato por lebre". E o pior que eu venho acompanhando alguns caras a bastante tempo.. o que mais me impressiona foi que em dois ou três anos o acervo deles de instrumentos, pedais, amps, pedaleiras..etc.etc..etc.. se multiplicou. É amigos... acho que enganar nunca deu tanto resultado.
- Squier = Anuncie como Fender. Alegue ter a mesma madeira ou o mesmo acabamento e construção [mesmo que não tenha], afirme que já testou e apresenta o som “estalado de Fender”;
Isso aparece bastante por aí, motivado por minúsculas letras "Fender" que aparecem no headstock das Squier, o pessoal usa bastante esse argumento aí para vender a guitarra.
- Tagima = Para você é quase uma “Fender com headstock anos 70”. “Das antigas”, “única” e claro... "Vintage";
Alguns vendedores acham que tem em casa uma Fender e, para justificar o logo Tagima no headastock, dizem que não existe absolutamente nenhuma diferença, alguns até acham que a madeira brasileira é melhor que a americana. Vamos deixar bastante claro uma coisa: pelo fato de você ter uma Stratocaster da Tagima, anos 90, não a tornará nunca uma Fender, ok?
- Mal conservada = Vintage, “única no Mercado Livre”. É preciso convencer que a guitarra sucateada, suja e mal conservada se torna a galinha dos ovos de ouro, qualquer arranhão ou pancada que a coitada tenha levado se tornará "relic".
Aqui os caras se superam. A guitarra ruim e sucateada ganha misteriosamente prestígio e glamour: "Vintage".
- Década de 90 = Raridade, tem mais de 20 anos o instrumento e o som é melhor, “única” no mercado livre, ou como muito eu já li nesses anúncios: "madeira seca";
Existem aqueles que por sua guitarra ser da década de 90, pronto! Mais ninguém tem! Inclusive, alguns vendedores de Fender também fazem isso. Os caras pegam uma Fender Mexicana da década de 90 e colocam por R$3000,00. Essa guitarra é rara!
- Apareceu o 1º interessado em negociar com você = Diga para que o mesmo se apresse, pois outro cliente já deu como certa a compra até o final da semana.. e que vai pagar à vista em dinheiro;
Essa eu já fui vítima várias vezes hahaha. Você demonstra interesse em adquirir o item e pronto! Misteriosamente surgem milhares de interessados. É melhor você correr, pois outra pessoa já fez uma proposta melhor que a sua e nessas alturas já virou leilão. Tudo uma grande mentira!
- Fender/Ibanez Chinesa = Convença o cliente: “se você trocar o hardware, ficará igual a original”;
Aqui entra a arte da persuasão pura. O instrumento é um lixo? Sim. Madeira e acabamento ruins? Ok, nós resolvemos para você: compre nossa ponte Wilkson e tarrachas Gotoh, ficará igual a original!! Ahhh que raivaaaa, não amigos, não ficará nem parecida com uma guitarra original!
- Aplicou decalque no Headstock = Foi customizada;
Se o headstock foi refeito e trocaram o logo, não tem o menor problema, a guitarra foi customizada e isso só valorizou.
- Fender Mexicana = Use os famosos bordões “Fender é Fender”, “som estalado”, "guitarra para quem conhece" e diga que não perde absolutamente nada para a Fender americana;
Aqui é feita a comparação. Muitas vezes deverá será dito "Já tive uma strato Fender americana amigo, e essa mexicana dá um pau nela.. é até melhor".
- Substituiu um potenciômetro = Foi customizada com “Gotoh”;
Sendo assim, a guitarra ficará mais cara. Óbvio, está "customizada", deu um "upgrade".
- Na troca, você nunca perde. Se o cliente não quiser dar nenhuma volta em dinheiro ou a negociação não envolver dinheiro, não troque.
Claro, deixe o comprador ficar desesperado para ter o instrumento, ele vai inclusive vender as cuecas para poder pagar pelo item.
É amigos, essas estratégias são facilmente encontradas nos sites ou grupos de vendas de instrumentos musicais, esteja esperto para não cair em nenhuma delas! Logo postarei a parte II.
William de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário