sexta-feira, 19 de junho de 2015

Amigo Strateiro: Fender Stratocaster American Special - Export Model





Olá amigos, apresento para o mês de Junho na coluna "amigo strateiro", a contribuição do amigo Aldo Bueno a postar sua experiência com a customização de sua Fender, além de ter a oportunidade de mostrar seu instrumento.

Conforme mencionei nas outras vezes, outras pessoas também podem usar esse espaço para compartilhar informações e experiências com seus instrumentos, nada mais legal do que somar vivências. Quer que sua Stratocaster seja postada no blog? Entre em contato conosco. A única regra é: o instrumento precisa "ser strato" e o amigo precisa "ter a strato". 

Dando continuidade nesse espaço, convido para o mês de Junho o amigo Aldo Bueno, proprietário de uma Fender American Special.

Nome: Aldo Bueno
Cidade: Curitiba/PR
Proprietário: Fender Stratocaster American Special (Export Model)
Serial Number: --

Especificações:

Nome: 
Fender®
Modelo: Stratocaster
Série: American Special ( Export Model ) sem relação nenhuma com as atuais Special Americanas lançadas pra substituir as Highway One
Madeira do corpo: Alder
Madeira do braço: Maple
Escala: Rosewood
Corpo - Shape: Stratocaster
Número de casas: 22
Headstock: Pequeno
Neck Plate: Standard 4 furos
Configuração dos captadores: H/H ( originalmente era HSS )
Captadores: Seymour Duncan™ PGP - Pearly Gates Plus e SH1n ’59 Model
Chave seletora: 3 Posições
Controle: 1 Volume - 1 Tone Push Push
Cores: Orange Sparkle, escudo preto
Ponte: Original Floyd Rose™ made in Germany
Tarrachas: Vintage estilo Kluson
Escudo e Knobs: All Parts USA 
Fabricação: Made in USA
Ano: 1999 ( apesar do serial ser FN2 ( for export market ) o carimbo do braço e corpo indicam a fabricação em 1999.
Fabricante: 
Fender®
Período de Fabricação: Indefinido




Conte um pouco da sua história com o instrumento: onde, como e quando comprou?


Comprei essa guitarra usada de um amigo do Rio Grande do Sul. 

Ela foi pintada por ele, ela era originalmente Olympic White e a repintura veio depois que a pintura original foi manchada por caneta para retroprojetor, então sugeri a ele a cor baseada em um modelo Custom Shop que vi numa revista da Fender de 2000~2001 (porém o modelo Custom Shop tinha escala clara e headstock grande). 
Fiz uma troca com ele que queria uma strato mais “vintage” com SSS, e a peguei sem a parte elétrica.




Para você, o que representa ter uma Fender Stratocaster?


Pra mim é a guitarra mais completa. É perfeita em termos de ergonomia, tocabilidade, ajustes e opções de timbres, além é claro da possibilidade de “turbinar” sem descaracterizá-la.
  
Pra mim é uma referência sonora e estética, mais até que a Les Paul, pois é o instrumento que criou a maioria dos meus sons preferidos de guitarra até hoje.





Como você definiria o som desse instrumento?

Uma Strato mais roqueira, agressiva, na praia do EVH, que foi quem criou esse conceito, strato com captador de les paul, e ponte com trava para sustentar a afinação em usos expressivos da alavanca. A captação que uso atualmente eu já havia escolhido e usado em outras stratos, depois de tocar com uma American Standard Big Apple ( que em 2000 foi renomeada para American Hot Rodded Stratocaster HH ) Que nada mais é que uma American Standard com dois humbuckers. 
Na versão sem Floyd Rose, a Big Apple ou na American Hot Rodded, ela vem com chave seletora de 5 posições, e chave Super Switch, o que permite ter 5 timbres, eu preferi a configuração tipo Les Paul com chave de 3 posições ( igual da tele ), e mais a opção do push-push no tone que dá mais 3 timbres com os humbuckers splitados. 

Por questões de timbre, escolhi quando splita no braço o timbre da bobina de fora, que fica na mesma posição do captador original de braço, no captador single das stratos comuns. 

Na ponte quando splitado fica acionada a bobina de dentro, deixando o som um pouco mais gordo que seria a bobina mais próxima à ponte, pois como são captadores de saída baixa (resistência em torno de 8K) ele splitado com 4K muito próximo à ponte fica com muito pouco corpo e pouco volume também.





Qual o principal ponto forte da guitarra?

Timbres mais pesados, que remetem à sons de Gibson, e estabilidade da afinação com uso intenso da alavanca.


Qual o principal ponto fraco da guitarra?

Mais trabalho e demora para troca de cordas / mudança de afinações.





Como foi o processo de customização? Pretende fazer mais algum upgrade ou mais alguma modificação na guitarra?


A pintura, apesar da ideia da cor ser minha sugestão, foi feita por ele mesmo  com um Luthier no RS. Porém ele usava-a com captadores e knobs pretos. A ideia do branco foi minha e veio pelo contraste com o escudo, deixou ela com visual menos “pesado” que toda preta no meio.


Já usei ela com configuração HSS, sendo o Pearly Gates e dois SSL-1, mas acabei voltando ao HH pra ser diferente das minhas outras stratos. Blidei-a inteira com alumínio, e tirei a barra (rebaixador de cordas) que ficava depois do locknut, só pra “limpar” o visual do headstock. 

Os trastes foram trocados por Dunlop 6100 extra jumbo.



Modelo original antes do processo de customização



O que você diria as pessoas que não gostam da Stratocaster com Floyd e H/H desse modelo, ou que sempre duvidaram da qualidade dessas stratos por não seguir o conceito original de ponte vintage e captadores S/S/S?


Acho que, como disse Jeff Beck, a Strato é a guitarra mais usada no mundo justamente por ela ser, segundo ele, como um Ford 32. Você corta o teto, rebaixa, mexe no motor, troca as rodas, tira os parachoques mas ele permanece o mesmo carro sem perder sua essência. Troque o escudo e você pode ter uma strato com um, dois ou três humbuckers.

Ou pode ter um, dois ou três P90s. Ou simplesmente só um humbucker na ponte. 

Tudo isso sem mexer na estrutura, somente trocando o escudo que é uma peça plástica que segura toda a elétrica. 

Pontes Floyd, pontes tipo Kahler, pontes de 2 pivos, pontes de 6 parafusos como as vintage ou ponte fixa, todas continuam sendo stratos, cada uma com sua proposta, o que é difícil em outros instrumentos, como por exemplo a Les Paul que precisa de outro ângulo de braço pra ter floyd, a SG que não tem espessura de madeira suficiente no corpo, ou mesmo colocar um single e deixar um buraco na Les Paul é visualmente desagradável. 

A strato é a guitarra mais apta a ser modificada e personalizada à sua necessidade sonora. 


E ao contrário dos “puristas”, é só lembrar que todos nossos strateiros preferidos, de Clapton a Blackmore, Sambora a Vaughan, Eddie Van Halen a Gilmour, todos fizeram adaptações e modificações ao longo dos anos, buscando sua identidade sonora e funcional nesse modelo de instrumento.

Apesar dessa proposta de strato diferenciada, minha guitarra preferida é a clássica e original strato SSS, com ponte vintage de 6 parafusos.

Nela tenho meus timbres preferidos, mas uma Strato com opções mais modernas também é uma excelente opção extra de sons, principalmente pra quem não se identifica com “superstrats” modernas como Ibanez, Jacksons e outras parecidas, que usam madeiras / shapes de braço e acabam fugindo demais do conceito “strato” da Fender.

Tenho também guitarras modelo Les Paul, seu som e sustain é incomparável. Mas a versatilidade dessa strato HH e com sistema de alavanca mais eficiente (não necessariamente Floyd, também pode ser com tarrachas com trava e ponte de dois pivôs) é algo que todos deveriam experimentar e adicionar ao seu setup que já tenha uma Strato normal com 3 singles.

Aldo Bueno








HitRock


3 comentários:

  1. esse Aldo, fala muita besteira, tocar que e bom nada

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    1. O importante é reconhecer a contribuição que o Aldo deu na postagem e principalmente por compartilhar gratuitamente informação e conhecimentos aprendidos nas vastas experiências com instrumentos musicais.

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    2. Esse anônimo, não toca nada, não sabe nada de guitarra, não é homem pra comentar com o próprio perfil e ainda é magoado porque sempre leva patada na cara.
      :)

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