Olá amigos, apresento para o mês de Julho na coluna "amigo strateiro", a primeira publicação do amigo Moisés Figueiredo a participar e postar sua experiência com essa Fender MIM, além de ter a oportunidade de mostrar seu instrumento.
Conforme mencionei nas outras vezes, outras pessoas também podem usar esse espaço para compartilhar informações e experiências com seus instrumentos, nada mais legal do que somar vivências. Quer que sua Stratocaster seja postada no blog? Entre em contato conosco. A única regra é: o instrumento precisa "ser strato" e o amigo precisa "ter a strato".
Dando continuidade nesse espaço, convido para o mês de Julho o amigo Moisés Figueiredo, proprietário de uma icônica Fender Classic Series 50'.
Nome: Moisés Figueiredo
Cidade: Turmalina/MG
Proprietário: Fender Classic Series 50'
Serial Number: --
Bem, primeiramente
gostaria de agradecer o William Oliveira pelo convite de ser colaborador do
blog. É um prazer participar deste projeto com ele e poder compartilhar o pouco
que sei sobre Stratocaster. Tentarei contribuir da melhor maneira e com uma
certa frequência, e também aprender com vocês.
O texto relata uma opinião pessoal e não tem intenção de ser regra.
Então, hoje falaremos de minha guitarra Fender Classic Séries 50.
Especificações do modelo:
Nome: Fender
Modelo: Stratocaster
Série: Classic Séries ´50
Madeira do corpo: Alder (3 partes)
Madeira do braço/escala: All maple
Braço –Shape: Soft V, raio 7,25
Corpo-shape: Vintage style 50´
Número de casas: 21 casas
Headstock: Small
Configuração dos captadores: SSS
Captadores: Vintage-Style Single-Coil Strat – mesma construção dos American Standard antes de 2012. Carretel de plástico e Ímâ em Alnico 5, resistência por volta de 5,5k.
Chave seletora: 5 posições
Controle: 1 Vol e 2 Tones
Cores: Preta, Sunburst, Daphne Blue, Surf Green, Fiesta Red
Ponte: Vintage, padrão americano de 56mm entre o ultimo e primeiro parafuso de fixação.
Escudo: 8 furos, camada única
Knobs: Vintage aged
Fabricação: Made in México
Ano: 2008
Fabricante: Fender
Período de fabricação: ? até atualidade (2015)
Conte um pouco da sua história com o instrumento: onde, como e
quando comprou.
Essa guitarra foi
adquirida no ano de 2012 a partir de uma troca em outro instrumento, até mais
caro (American Vintage), mas por questões de ocasião foi um bom negócio devido
à volta que tive em dinheiro. Trata-se de um modelo mexicano, que inicialmente
tive preconceito, mas que ao regulá-la e tocá-la me apaixonei. Obviamente é
inferior à Vintage American, mas algo que não vale a diferença financeira entre
os dois modelos.
Para você, o que representa ter uma Fender Stratocaster?
Pra mim a Fender não é só
um instrumento. Ter um exemplar da marca é participar de toda a cultura criada
com o nome Fender. Desde sua criação, a Fender revolucionou o mundo musical, e
apesar de todos os períodos negros em sua história ela se mantém mais firme do
que nunca. A criação dos modelos lendários da Fender é como “invenção da roda”
no mundo musical, principalmente para o rock e blues, apesar de serem
instrumentos bastante ecléticos. E não se limita apenas à Stratocaster, vai a
paixão pelos amplificadores, Telecaster e baixo. Então ao ouvir Hendrix, Vaughan, Gilmour,
Clapton e tantos outros, você não consegue ouvir e não pensar na Stratocaster
Fender. Pra mim ter uma Stratocaster Fender plugada num bom ampli me faz parte
da história Fender, que é construída há muitos anos por todos fãs deste
segmento.
Como você definiria o som
desse instrumento?
Inicialmente, eu costumo
sentir o som da guitarra desplugada. Pra mim guitarra boa tem que ter som
desligada, ali você sente mais a ressonância das madeiras... não sei explicar a
sensação, mas pra mim uma guitarra com um bom som desligada tem mais potencial.
A classic séries tem bastante ressonância entre as madeiras, som equilibrado.
Ao plugar no ampli a Classic Series ’50 não decepciona. Têm um som com bastante
agudo e brilho, graves equilibrados, mas com excesso de médio na posição da
ponte. Senti os captadores um pouco fracos, acho que devido a baixa resistência
da bobina do captador. Mas de maneira geral tem um som clássico de Stratocaster
american standard. A guitarra possui um sustain muito bom, acredito que devido
à ponte BigBlock original no modelo. Costumo deixar a guitarra regulada com
bastante tensão nas molas, pois quase nunca uso o trêmolo.
Qual o principal ponto forte dessa guitarra?
É uma guitarra com construção
muito bem feita, seguindo a construção do braço com ajuste de tensor pelo
tróculo, logotipo spaguethi, escala com raio 7,25 (relação de amor e ódio, eu
curto a escala bem curva), shape do braço em soft V, shape do corpo com
contornos fiéis aos modelos 50’, ponte padrão vintage 56mm e big block.
Tocabilidade, afinação e timbre.
Quais os pontos negativos dessa
guitarra?
Acabamento em poliuretano
(PU). Uma guitarra com essa proposta deveria sair com acabamento em
nitrocelulose. Pensando nisso, a Fender criou o modelo Classic Series ’50s
Lacquer (nitrocelulose), que só se encontra na cor Candy Apple Red.
Possui captadores bons, mas abaixo do nível da construção da guitarra, merece receber captadores custom shop. Acompanha um Bag da Fender, deveria vir em um case tweed. Talvez com essas mudanças o preço aumentasse muito e não seria o objetivo da Fender.
Possui captadores bons, mas abaixo do nível da construção da guitarra, merece receber captadores custom shop. Acompanha um Bag da Fender, deveria vir em um case tweed. Talvez com essas mudanças o preço aumentasse muito e não seria o objetivo da Fender.
Como foi o processo de
customização? Pretende fazer mais algum upgrade ou mais alguma modificação na
guitarra?
Troquei os captadores
originais por captadores Custom Shop FAT 50, coloquei um neck plate Fender que
tinha guardado em casa, e adquiri um case tweed. Acho que a guitarra não tem
mais o que ser feito para melhorá-la, talvez a substituição do capacitor do
tone por um capacitor à óleo, mais por saudosismo do que por necessidade.
O que você diria as
pessoas que não conhecem a Classic Series ou que sempre duvidaram da proposta
da Fender em manter os padrões de qualidade nesses modelos mexicanos?
É o melhor custo benefício
em uma guitarra com visual e pegada vintage. Pra melhorar o som vale à pena o
upgrade dos captadores, você terá em mãos um excelente instrumento. Ela se diferencia
da Standard MIM devido á qualidade das madeiras, geralmente são três partes de
alder, e não aquele sanduíche de seis ou sete pedaços de Alder cobertos por uma
lâmina (Alder), usados nas Standard MIM. Também possui ponte com padrão
americano, big block e o principal, o shape do braço e corpo, que deixou a
guitarra com uma pegada incrível. Na minha opinião é superior à uma American
Standard e tem um preço inferior. Comparadas às MIJ são inferiores às primeiras
MIJ, da década de 80, que possuíam bons captadores e ferragens. Não conheço os
novos modelos MIJ para dizer minha opinião. Acredito que a Classic Series ‘50s
seja a escolha certa pra quem quer um visual vintage, curte a pegada dos braços
vintage e não tem grana para uma American Vintage... Digamos que é a porta de
entrada no mundo das clássicas.
Abraços e até a próxima. Bend’s up!!!
Moisés Figueiredo
Parabéns, é uma baita guitarra. E acredito que vc foi muito feliz nas alterações que executou. Concordo demais em relação à necessidade de a guitarra ter qualidade de sonoridade tb desplugada, para mim é um ótimo indicativo do potencial do instrumento. Valew amigo!
ResponderExcluirEu estava conversando com o Moisés justamente sobre isso a alguns dias atrás. Tocar com a guitarra desligada é para mim, sentir um pouco da alma do instrumento, ouvir a ressonância das madeiras e como elas trabalham no instrumento. Abraços!
ExcluirObrigado amigo. Estou estudando sobre capacitores à óleo, cerâmico e de poliester para ver se farei a substituição do capacitor original.
ExcluirAbraço e continue contribuindo com o Blog.
Clássica. Parabéns!
ResponderExcluirVisite nosso blog;
http://musicaguitarraselembrancas.blogspot.com.br/
Obrigado.
Valeu Douglas, abraços!
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